Hoje recebi um relato de uma seguidora que me deixou emocionada, mas também resgatou memórias cadinho desagradáveis.


Ela começa contando sobre seu puerpério e as dificuldades em lidar com o mais velho, que óbvio, reclama atenção de maneira negativa e tem ciúmes.


Abrindo um parêntese, a criança tem uma necessidade tão grande de se sentir importante, ser reconhecida, ser levada em conta que ela vai chamar sua atenção se comportando da maneira que ela sabe que você reprova.


Seguindo, ela diz que entendeu que precisava validar o sentimento da sua criança mais velha, entendeu que podia sim deixar de lado os afazeres domésticos vez ou outra pra brincar com qualidade e mais lindo ainda, dar a ele sinal verde para verbalizar os sentimentos, permitir a ele sentir e acolher.

E isso foi lindooooooo para eles.


Sabe gente, é sobre isso! A minha jornada aqui é sobre isso.

Transformar algo que me fez mal, prejudicou meus filhos em algo lindo que ajude você a olhar diferente para uma situação, um comportamento e saber o que fazer.


Ela diz que, depois de se tornar seguidora e participar do grupo de acolhimento, começou a entender, olhar e dar mais valor a esse tal de emocional que tanto falo e soube exatamente o que fazer na hora de um conflito com o mais velho.

Sério, fiquei de olhos marejados.


Eu sinto orgulho de estar dividindo experiência da minha vida e multiplicando o número de famílias que vai ter uma relação emocionalmente mais conectada com suas crianças e consequentemente elas serão mais saudáveis e felizes.


Mas, Jana, não entendi o motivo de vc ficar triste?


Deixa eu lembrar que o passado não pode ser mudado, não pode ser transformado, mas eu posso me transformar com as experiências boas e ruins vivenciadas por mim.


Mas me dá uma tristeza sim, em pensar que não tive ninguém que me abrisse os olhos ou me ajudasse em nada, lá atrás quando Otto sinalizava ciúme e tal.


Otto sofreu muito, era calado, obediente, bonzinho e quase todo esse comportamento era mecanismos de defesa, internalização de sentimentos e estava praticamente sufocando quem ele realmente era, por MEDO de mim, tem noção?

Eu era muito brava, impaciente e CEGA em relação aos sentimentos dele.


Mas não era de propósito tá!

Na verdade, olhando com lupa, eu era assim comigo também.

Não dava a devida importância para meus sentimentos, não me permitia sentir, me tornei uma pessoa que não chora fácil e acho que nunca serei.

Mas o autoconhecimento, a autoconsciência, o fato de eu PARAR para me observar me fez começar a me permitir sentir e até falar o que sentia.


Eu não gostava messssssssmo de falar sobre mim, pra quê? Mostrar fraqueza?!

Tava sempre, tudo bem.



Eu tive que descobrir com meus erros e com os problemas emocionais dele, que foram surgindo na gravidez da Anna (que hoje eu sei porque resgatei, estudei, me informei e entendo) que muita coisa foi causada pela minha falta de maturidade e informação.


E por isso, exatamente por isso, por hoje ter que lidar com um superdotado extremamente ansioso, que sim já sabe verbalizar e reconhecer sentimentos, mas ainda precisa de ajuda para se sentir confortável em fazê-lo, que QUERO continuar fazendo o que faço.


Falar sobre minhas experiências, agora entrando na adolescência, ensinar com meus cursos, jornadas, palestras sobre como efetivamente EDUCAR COM RESPEITO.


Eu quero ajudar, mas também quero me realizar profissionalmente, porque eu MEREÇO assim como toda mulher que quer ser mãe, merece ser realizada na área que ela quiser.

Uma coisa não elimina a outra.


Então sim, tô aqui pra ajudar, pra ensinar, para atender.

Tô criando, nesse momento, coisas incríveis para trazer para você evoluir na sua relação familiar.


E tenho CERTEZA que o que farei, VAI TE AJUDAR!


Jana

Mãe do Otto e da Anna


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