STATUS: ESGOTADA POR LIDAR COM AS INTENSIDADES DO MEU SUPERDOTADO.
Estávamos conversando no grupo de acolhimento (que é gratuito) sobre nosso esgotamento emocional por tentar lidar com as emoções intensas dos nossos ahsdezinhos.
Dai gente que esse esgotamento acontece com a gente sabe porque?
Porque a gente tem que doar o que não temos.
Não temos controle das nossas emoções.
Nunca tivemos orientação sobre nossas emoções.
Ninguém nos ensinou como agir quando precisamos demonstrar as nossas emoções e aí que vem a nossa criança interior e grita, porque era assim que ela agia na emoção, ela inundava, fazia birra, gritava, chorava, ou até mesmo se calava, internaliza e hoje tem ansiedade, depressão, não sabe colocar limite no outro, não sabe verbalizar os sentimentos nem falar para o outro o que a incomoda.
A gente não aprendeu sobre isso.
E aí a gente é autoritário porque a gente entende e foi ensinado que precisamos ELIMINAR aquele comportamento da criança.
Mas Jana se eu não for firme como vou ensinar?
Ahhh sim, firme, você precisa ser firme não autoritária!
E existe uma linha tênue entre firmeza e autoritarismo e essa linha é o RESPEITO.
Pensa comigo, você, antes de reagir agressivamente a criança precisa se PERGUNTAR:
EU FARIA ISSO COM UM ADULTO?
Mas você consegue ser firme e colocar sua opinião com um adulto sem humilhá-lo, não é verdade?
RESPEITO É A LINHA TÊNUE ENTRE AUTORITARISMO E FIRMEZA!
A gente precisa e deve ser firme, isso é ser respeitoso e colocar limites.
Porque a grande verdade é que a gente explode na criança as questões que não foram tratadas em nós, emocionalmente falando, tá. Então a gente, entorna, inunda, reage a criança quando ela faz algo que deixa a gente desconfortável ou nos faz passar vergonha na frente de alguém, a tal pressão social, por ter filhos perfeitos e que não demonstram emoções publicamente.
E qual o caminho?
Aprender sobre as nossas emoções, porque NÃO TEM COMO ENSINAR O QUE NÃO SE SABE. Porque não existe a gente fazer algo por eles sem passar por nós.
É uma jornada longa, eu estudo TODOS OS DIAS sobre parentalidade e inteligência emocional desde 2016.
E sim, eu grito as vezes, me perco nas minhas emoções, inundo neles sim, porque sou humana e não tenho vergonha de reconhecer que erro, para eles, e que estou em busca de melhorar sempre, isso tá claro como água para eles.
Mas como estou na prática já mostro para eles o que eu faço para resolver dentro de mim aquela questão, já ensino ferramentas para eles se autroregularem se estiverem naquela situação, sim, é um laboratório e eu busco ensinar pelo exemplo, ou seja, SENDO.
A gente não trata a criança como trata um adulto.
E como fazer para MUDAR?
Mudança de mindset, não existe atalho.
Se você quer ser uma pessoa que grita menos, precisa COMEÇAR a gritar menos.
A gente tem no cérebro, caminhos neurais que já são automaticamente acessados diante de uma tomada de decisão, se fosse reage assim, ele já sabe e aquele caminho ele vai pegar na hora da birra da criança e você vai gritar.
Para mudar precisa agir de outra maneira e seu cérebro vai entender que você quer “construir” outra estrada. Mas ela só é finalizada com sua consistência, ou seja, a estrada só será aberta se você seguir caminhando nela, para isso precisa agir de maneira diferente para o cérebro entender que esse é o novo e único caminho a seguir a partir de agora.
Então, na hora da emoção intensa da criança, RESPIRE.
Se precisar saia de perto, lave o rosto, beba uma água, todas essas são ferramentas para você oxigenar seu cérebro, voltar para a situação e agir com respeito.
É desgastante.
É cansativo.
Mas mudar dói.
Crescer dói.
E é isso que você está fazendo, crescendo, evoluindo quando mostra ao seu cérebro reptiliano que ele não está mais no comando.
E aí, faz sentido para você?!
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