O OTTO, A ESCOLA E SEUS SOFRIMENTOS - O INÍCIO.
Eu lembro o dia exato que desisti de ficar SÓ em casa com o Otto.
Eu já não me sentia mais tão completa só cuidando dele, da casa, das coisas da nossa família (como se fosse pouco), mas você me entende né, eu queria me sentir realizada profissionalmente e fazer a diferença de alguma maneira até mesmo no nosso financeiro, claro.
Ele estava andando pelo jardim, com suas sonoplastias e mexer intenso de mãos, que até pouco achava que era super normal e que TODAS as crianças faziam, mas ele já tinha, naquela época, muita atividade cognitiva e eu nem desconfiava de absolutamente NADA em relação a ele.
E aqui, vou abrir um parêntese para falar com você para OBSERVAR sua criança.
Porque eu não notei nada de diferente, mas mesmo não sendo detalhista, lembro dos movimentos, lembro dos comportamentos, lembro as coisas que sobressaltam e mesmo assim eu não notava, no comportamento dele, porque sempre amei saber sobre educação, parentalidade, cérebro da criança e sempre li, desde a gravidez, sobre esses assuntos.
Então, se eu puder deixar um conselho: OLHE PARA SUA CRIANÇA!
Fecha parêntese.
Voltando à minha trajetória, percebi que não queria mais só ficar em casa nessa fatídica tarde, enquanto observava o Otto no jardim.
Liguei para Gu, era 2010 e o whatsapp tinha acabado de ser lançado, então eu ainda não tinha e falei com ele que queria conversar sobre a possibilidade de voltar a trabalhar.
Depois volto aqui e conto nosso acordo, lá atrás, na gravidez, sobre ficar em casa, (não me deixe esquecer).
Então resolvemos que eu voltaria a trabalhar e me comprometi que isso aconteceria se eu desse conta de pagar essa conta extra da escola do Otto, já que a gente nunca teve recurso sobrando.
Ahhh, e como eu queria isso! Me sentir responsável por alguma conta, até para me sentir participando e útil.
Queria ter a sensação de poder por algo, de não ser só a que consumia recursos, mas era uma coisa MINHA, nunca fui cobrada por não trabalhar fora, mas sempre trabalhei, desde os 15 tenho meu dinheiro e com 20 anos saí de casa e fui morar sozinha, então sim, ficar em casa estava me incomodando.
Tava resolvido, Otto iria estudar.
Imprimi currículo, comecei a falar com amigos e conhecidos que queria voltar a trabalhar e tinha preferência por escritório, sempre trabalhei nisso.
E consegui até que rápido, mas precisava começar logo.
Então coloquei Otto na escola, com 1 ano e 11 meses, SEM ADAPTAÇÃO.
E aqui começou o sofrimento do meu filhote.
Ops, hora de organizar para deixar ele na escola, volto para continuar, pode deixar.
Ei, já sabe né, aqui vou abrir meu coração!
E você pode abrir o seu também, combinado, é só deixar no comentário.
Jana
Mãe do Otto e da Anna
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